segunda-feira, 17 de outubro de 2011

DESTINO DOS PRODUTOS DA “DIGESTÃO” POR ENZIMAS PANCREÁTICAS

   Olá pessoal, estou eu, Danielle Teixeira, de volta para continuarmos a nossa conversa sobre metabolismo de lipídeos. No último post paramos nos produtos liberados nas reações das enzimas pancreáticas sobre os lipídeos ingeridos.
    Vamos lá!
  Após a liberação do colesterol, ácidos graxos, monoacilgliceróis, fosfolipídios e triacilgliceróis eles estão “esperando” no intestino delgado a fim de serem absorvidos pelos enterócitos.
   Em partes...
  • O triacilglicerol por ser composto por 1 glicerol e três ácidos graxos é muito grande e precisa ser hidrolisado por uma enzima, para que enfim seja absorvido.
   E como isso acontece?
  O pâncreas libera a lípase pancreática que hidrolisará os ácidos graxos dos carbonos 1 e 3, liberando então 2 monoacilgliceróis e ácidos graxos livres.

  • O éster de colesterol é hidrolisado pela hidrolase dos ésteres de colesterol, também liberado pelo pâncreas e libera colesterol e ácidos graxos livres.
    Então...

   Podemos dizer que os principais produtos da digestão lipídica no intestino são 2 monoacilgliceróis, colesterol e ácidos graxos livres.
  
   Estes produtos por serem parte hidrofóbicos e parte hidrofílicos com a ajuda dos sais biliares se conformam em micelas, ou seja, a porção hidrofóbica, sem afinidade com a água, fica no interior, a porção hidrofílica, que possui afinidade com a água, fica exposta tornando-se assim solúvel...
   As micelas aproximam-se da membrana com borda em escova no intestino e são absorvidos.
  Depois de absorvidos são encaminhados para o retículo endoplasmático rugoso, onde ocorrerá a síntese de lipídeos complexos. Os produtos da digestão do intestino serão reagentes para síntese de compostos mais elaborados:







   Este triacilglicerol e éster de colesterol sintetizados no retículo endoplasmático são muito hidrofóbicos, agregando-se ao meio aquoso circundado por uma de apolipoproteína anfipáticas e fosfolipídeos. Estes compostos anfipáticos são orientados de forma que suas porções polares fiquem expostas na superfície da lipoproteína, tornando a partícula solúvel em meio aquoso. A apolipoproteína estabiliza a molécula e permite sua interação como meio aquoso. Essas partículas são chamadas quilomícron no plural quilomícrons, têm como principal objetivo o transporte de triacilglicerol, colesterol, vitaminas lipossolúveis e ésteres de colesterol.

   Esses quilomícrons são liberados por exocitose pelos enterócitos e transportados pelos vasos linfáticos aos vasos sanguíneos onde são modificados recebendo a apo-E para ser reconhecida por receptores hepáticos e a apo-C II que é necessária para ativação da lípase lipoprotéica, a enzima que degrada triacilglicerol dos quilomícrons.
  


 Quando o quilomícron está circulando nos vasos sanguíneos a apo-C II ativa a lípase lipoproteína que está na parede desses vasos que hidrolisa os triacilgliceróis formando ácidos graxos e glicerol.
   Os ácidos graxos são armazenados pelos adipócitos ou usados para gerar energia pelo músculo ou ainda serem transportados pela albumina sérica até que sua captação ocorra por alguma célula.
   O glicerol é usado pelo fígado para produzir glicerol-3-fosfato para entrar tanto na gliconeogênese quanto na glicólise.
   O que sobrou do quilomícron é captado pelos hepatócitos, células do fígado, que reconhecem os receptores apo-E onde são hidrolisados e liberam colesterol e bases nitrogenadas dos fosfolipídeos.
    O que acontece especificamente nos adipócitos, nos hepatócitos, nos músculos... Nós só conversaremos no próximo post. Beijo e até lá!
Referências bibliográficas:
Bioquímica Ilustrada. Champe Pamela C. , Harvey Richard A., Ferrier Denise R..3 ed.Porto Alegre:Artmed,2006.
POSTADO POR: DANIELLE TEIXEIRA  DA SILVA

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