domingo, 30 de outubro de 2011

GRELINA: O HORMÔNIO DA FOME

   

Molécula do hormônio Grelina
   A grelina é um hormônio peptídico descoberto há menos de 15 anos por cientistas japoneses. Composta por 28 aminoácidos é um hormônio gastrointestinal, produzido principalmente pelo estômago. Quando foi isolada primeiramente foi associada com a liberação do hormônio de crescimento (GH), por isso o nome grelina, que vem da palavra inglesa, grow (crescer).  Depois se descobriu sua importância na regulação do metabolismo energético e na ingestão alimentar.

Uma das funções da grelina é estimular o apetite. Em casos de jejum prolongado e hipoglicemia a sua concentração no sangue aumenta. Já no período pós-alimentação sua concentração diminui, o que leva a pensar que esse hormônio tem uma relação de curto prazo com o balanço energético. 


   Estudos provaram que a concentração de grelina no sangue tem relação com os nutrientes contido nos alimentos e não com a quantidade ingerida. Sua concentração é menor depois de refeições ricas em carboidratos (que liberam mais insulina) e maior depois de refeições ricas em lipídios (que liberam pouca insulina).



   O hormônio grelina está relacionado com a síndrome de Prader-Willi. Essa síndrome faz com que os níveis de grelina no sangue sejam muito altos, fazendo com que seus portadores tenham um apetite incontrolável, acarretando em uma obesidade extrema, podendo levar até a morte.



   Quando administrada em roedores, a grelina acabou provocando aumento na ingestão alimentar e diminuição na oxidação de gordura. Porém em humanos, foi visto que em anoréxicos nervosos a grelina é achada em alta quantidade e em obesos em quantidade reduzida.


   A Universidade de Campinas fez um estudo para tentar entender por que em obesos a quantidade de grelina é menor do que em pessoas com peso normal. Foi descoberto, nessa pesquisa, que o obeso é mais sensível a grelina e possui mecanismo que reduz sua produção a partir do ganho de peso. Contudo, quando esses obesos emagreceram a concentração de grelina deveria ter aumentado, mas isso não aconteceu, levando os pesquisadores a concluírem que a quantidade de grelina produzida já está pré disposta geneticamente. A relação da grelina com a obesidade é clara, porém a ciência ainda não conseguiu elucidar completamente o seu mecanismo nessa doença.




Referências bibliográficas:

-        A grelina e os paradoxos da obesidade. Disponível em: < http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/agosto2002/unihoje_ju184pag3a.html>  Acesso em: 29 de out. de 2011-10-28

-        O papel dos hormônios leptina e grelina a gênese da obesidade. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732006000100009&lang=pt> Acesso em: 29 de out. de 2011

-        Tratamento multidisciplinar reduz o tecido adiposo visceral, leptina, grelina e a prevalência de esteatose hepática não alcoólica (NAFLD) em adolescentes obesos. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922006000500008&lang=pt> Acesso em: 29 de out. de 2011


-        NELSON, D. e COX, M. Princípios de Bioquímica de Lehninger  5 ed. . Porto Alegre: Artmed 2011. p. 937


POSTADO POR: ISABELLE ROMERO NOVELLI

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