Hormônios são reguladores do corpo humano. Eles controlam atividades como fome, comportamento, alimentação e digestão. Quando são classificados como endócrinos, significa que a sua atuação é fora da célula em que foi produzido, viajando pela corrente sanguínea até chegar ao seu destino. Além de endócrinos, os hormônios podem ser classificados como parácrinos, quando atuam em células vizinhas; ou autócrinos quando atuam na mesma célula que foi produzido.
Os hormônios são ativados quando células de tecidos sentem uma mudança em seu comportamento. Essa mudança faz com eles sejam secretados e atuem como um mensageiro químico (indo para uma célula-alvo). As células-alvo possuem proteínas especializadas, os receptores.
Tecido Adiposo |
Quando se fala em hormônio e sistema endócrino normalmente se pensa em tireóide, pâncreas, hipófise, porém, hoje em dia, alguns estudos já consideram o tecido adiposo como uma das glândulas desse sistema. De acordo com essas pesquisas ficou provado que o tecido adiposo manda informações para o cérebro de como está o armazenamento de energia, uma das funções típicas dos hormônios.
Um dos hormônios que o tecido adiposo produz é a leptina. Ela ajuda a manter a homeostase da gordura corporal, avisando ao cérebro quando já temos energia o suficiente, reduzindo o apetite. Seus receptores ficam no encéfalo, em regiões que regulam o comportamento alimentar. Quando a leptina é secretada pelo tecido adiposo e chega ao cérebro, faz com que o neuropeptídeo Y (NPY), produzido por neurônios orexigênicos, que são estimuladores de apetite, diminua sua concentração e que os neurônios anorexigênicos, inibidores de apetite, sejam estimulados e aumentem a concentração do hormônio estimulantes de melanócito α (melancortina).
Estrutura da Leptina |
Foi descoberto em pesquisas com camundongos que a leptina é produto do gene OB (obeso). Os camundongos que possuíam dois genes defeituosos, (ob/ob) estavam sempre com fome e não conseguiam para de comer, se tornando obesos. Ao injetar a leptina nos camundongos (ob/ob) os pesquisadores perceberam uma perda de peso. A falta do hormônio leptina pode ser uma das causas genéticas para a obesidade.
Referências bibliográficas:
- Hormônios <http://www.novatrh.net/hormones.html> Acesso em: 12 de out. de 2011
- Tecido Adiposo como glândula endócrina <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302000000100004> Acesso em: 12 de out. de 2011
- Leptina <http://www.medicinageriatrica.com.br/2008/06/12/leptina-e-a-obesidade/> Acesso em: 12 de out. 2011
- NELSON, D. e COX, M. Princípios de Bioquímica de Lehninger 5 ed. . Porto Alegre: Artmed 2011. p. 904 a 907 e 930 a 937
POSTADO POR: ISABELLE ROMERO NOVELLI
Nenhum comentário:
Postar um comentário