domingo, 23 de outubro de 2011

HORMÔNIOS E OBESIDADE: ENTENDA O EFEITO DA LEPTINA (PARTE 2)


Olá leitores! 

Neste post vou continuar falando sobre a leptina, o chamado hormônio da obesidade. Caso você não se lembre direito aqui está o link para o meu último post!

O QUE É A LEPTINA?
Leptina
O nome leptina vem do grego, leptos, que quer dizer magro. Esse hormônio contêm 167 aminoácidos. Ela ajuda na regulação do uso de energia pelo organismo, na regulação do metabolismo de gorduras e glicose e manda sinais de saciedade para o cérebro. A maior produção desse hormônio acontece no tecido adiposo branco, porém ela pode ocorrer nas glândulas mamarias, músculo esquelético, epitélio gástrico e no tecido adiposo marrom.

   Os picos de leptina acontecem em sua maioria à noite e nas primeiras horas da manhã. A síntese da leptina está associada com fatores que vão além da massa do tecido adiposo, como: insulina e alimentação pós jejum. Fatores como frio, exercícios físicos, jejum e estresse diminuem a produção de leptina, provando a sua relação com o sistema nervoso central (SNC). Porém não podemos deixar de esclarecer que quanto mais tecido adiposo maior será a concentração de leptina no nosso plasma.




   Observa-se que em pessoas obesas ocorre a hiperleptinemia, que é quando os receptores de leptina estão com alguma alteração ou ocorre uma deficiência na barreira hemato-cefálica, causando uma resistência à ela. 
 
Começando pelos adipócitos, esse esquema mostra a hiperleptinemia.
A leptina é produzida, porém o cérebro não a reconhece e o estímulo
de saciedade não ocerre, fazendo que a pessoa consuma mais calorias,
aumentando o núemro de adipócitos.


LEPTINA E A REPRODUÇÃO


   O descobrimento da leptina aconteceu com camundongos obesos. Quando foram fazer os testes, viram que esses camundongos eram estéreis, mas depois das doses de leptina administradas a eles, seus sistemas reprodutores foram ativados. Dados colhidos em ovelhas grávidas mostraram  que a concentração de leptina durante sua gestação foram de 5,3 a 9,5 ng/ml até a metade da gravidez. Depois da metade da gestação a concentração decaiu. A leptina pode reduzir a resistência à glicose, desenvolvida durante a gravidez, fazendo que a glicose não seja muito utilizada, guardando ela para o feto.

   Foi mostrado em estudos que o NPY (neuropeptídio Y – produzido por neurônios), um tipo de neurotransmissor que estimula a fome, é o principal mediador de leptina para a regulação do hormônio luterizante (LH). O NPY inibe ou estimula o LH, que em mulheres controla a ovulação e em homens a produção de testosterona.


    No leite materno é encontrado a leptina, que pode ser proveniente das glândulas mamarias e da circulação da circulação da mãe. Esse hormônio ajuda o metabolismo energético e a regulação do apetite da criança. As glândulas mamarias possuem receptores para leptina, o que indica que ela pode alterar seu funcionamento. Estudos feitos em ratas que eram estéreis e foram tratadas com leptina para sua reprodução mostraram que elas não apresentam lactação.



LEPTINA E A ANOREXIA NERVOSA 

    Pacientes com anorexia nervosa foram acompanhados durante o seu tratamento para voltarem a ter o seu peso normal. Ao medir o nível de leptina no plasma desses pacientes se constatou que ela era proporcional ao nível de massa corpórea (IMC).  Nos estágios de recuperação do peso normal, os níveis de leptina se normalizaram, mesmo antes de conseguirem o IMC desejado, podendo esse ser um dos motivos a dificuldade desses pacientes ganharem massa corporal durante os estágios finais do tratamento.  




Referências bibliográficas:

- LEPTINA: O DIALOGO ENTRE ADIPOCITOS E NEURONIOS. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302000000300004&lang=pt > Acesso em 22 de outubro de 2011

- O PAPEL DOS HORMÔNIOS LEPTINA E GRELINA NA GÊNESE DA OBESISADE. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732006000100009 > Acesso em 22 de outubro de 2011

- LEPTINA: MAIS UM HORMONIO NA REGULAÇÃO DO METABOLISMO. Disponivel em: <http://www6.ufrgs.br/favet/lacvet/restrito/pdf/leptina.pdf> Acesso em 22 de outubro de 2011




POSTADO POR: ISABELLE ROMERO NOVELLI





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